*Todos querem o perfume das flores, mas poucos sujam as suas mãos para cultivá-las.*



Obscuro amor


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Em uma arena banhada por sangue
Onde o vento ruge como lobos em noite de lua cheia
A platéia clama em coro forte por mais um espetáculo

E quando adentra a arena uma bela menina de olhar doce e uma áurea angelical
Manchada por dolorosas marcas
Marcas essas que suas vestes já não escondem mais,
Marcas essas que seu coração não agüenta mais

Do outro lado se opõe o mais sombrio
Um ser cujo nome se desconhece
De um olhar triste e rancoroso
De uma áurea fria e sem vida

O sol, que parecia ser a única luz ali presente, é coberto por densas e sombrias nuvens
A arena é coberta por uma escuridão total, como se o dia se tornasse noite
A platéia, ainda assim, tomada por uma força, brada, urge e pisa forte no chão
Clamando que mais sangue seja derramado

A chuva cai em pesadas gotas
E assim sem anunciar, em uma rápida investida
O ser sombrio avança ate a menina,
Rasga-lhe o peito e devora seu coração

A platéia silencia, ouve-se apenas um suspiro sufocado da doce menina
E as pesadas gotas, que agora caem mais fortes, tocam o chão
O ser levanta-se com ar de triunfo
E leva consigo o pequeno coração, como um troféu que ergue para que toda a platéia veja.

A platéia sai da arena em silencio absoluto
E pela primeira vez decepcionados com o que viram
Dois adversários se apaixonarem.

O ser sombrio, denominado por amor
Sai das sombras e toma o coração da doce menina.


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